No 33o. Curso de Verão da EMB, tive a feliz oportunidade de conhecer o trabalho da preparadora vocal Suely Mesquita. Me arrebatou! Sua sensibilidade, generosidade e inteligência mexeu com tudo em mim! Me identifiquei tanto com tanta coisa dita e praticada nas aulas com ela que, sem querer querendo, fiquei fãzona!!
E como uma boa fã que se preze, publico aqui as palavras da Suely (e que são minhas, são suas, e de todos que se identifiquem com a essência do que está sendo dito), retiradas do seu site:
"Toda vez que eu vou me atirar, junta gente pra ver.
Uns gritam: pula!Outros gritam: não pula!
E outros esperam sem interferir.
Uns choram, outros fazem piada, outros observam em silêncio.
Mas a decisão é minha, eu sei.
Num momento indeterminado, que sempre me pega de surpresa
por ser igual aos outros, eu finalmente pulo e começo
a jornada pelos ares.
Agora ninguém fica indiferente e todos querem ver.
Eu vôo sobre os "ooooooooohs" admirados da multidão.
Nesse momento eles me amam.
Até os que não me conhecem ou desejam que eu caia,
todos me amam, com um amor que não é pra mim e que eu aceito
e deixo passar, leve e livre.
Às vezes eu caio.
É por isso que vão me ver, quando vou me atirar.
Porque às vezes eu caio e, mesmo que não caia,
sempre existe o perigo de cair.
Levei muito tempo para aprender a cair e ainda não sei bem.
Sei mais sobre voar. Cair dói e às vezes eu morro.
A cada vez que morro, pra renascer é um custo.
Houve um tempo em que achei que não saberia renascer.
Agora, depois de tantas vezes, sinto que um dia não terei forças
para renascer mais uma vez e não sei se já chegou a hora.
Mas sei que é assim mesmo.
Um dia não terei forças para renascer mais uma vez e
isso acontecerá sem ruído, num momento igual aos outros.
Morrer não é defeito.
É também por isso que, toda vez que eu vou me atirar, junta gente pra ver."

(Suely Mesquita - www.suelymesquita.com.br)
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